align=justify">Tiraram-nos o galheteiro, o adereço mais tipico que ornamentava as mesas dos nossos restaurantes. Ainda não vi, mas ao que parece, foi substituído por uma daquelas embalagens incaracterísticas, hermeticamente fechadas e invioláveis. Dizem eles que é por razões de higiene e para protecção dos interesses do consumidor que, durante o reinado do galheteiro, nunca poderia ter garantias sobre a qualidade do produto que estava dentro da galheta, enquanto que agora terá direito a um rótulo no qual constarão todos os esclarecimentos sobre o conteúdo da dita embalagem. Isto é o que eles dizem, mas provoca uma certa tristeza ver partir o galheteiro, sobretudo porque deixa de haver aquele sentimento de partilha que ainda prevalecia em certos restaurantes de bairro, nos quais não havia galheteiros para todas as mesas. É isso meus amigos, acabou-se aquelo gesto de cortesia e de sã convivência quando estendíamos o braço para a mesa do lado e solicitávamos
Pode passar-me o galheteiro, por favor? Em vez disso, vamos ficar embasbacados frente a um rótulo, lendo, entre duas garfadas de bacalhau com grão, que estamos consumindo azeite embalado por TAL & TAL, com um grau de acidez que não ultrapassa 0,TAL%, produto da melhor azeitona da região TAL e que, de preferência, deveremos consumir o produto antes da data TAL. Pode ser higiénico, moderno, esclarecedor e certamente estará de acordo com as normas comunitárias, mas, em todo o caso, é com alguma nostalgia que vejo partir o galheteiro.
Olá pessoal, voltei. O PACIENTE PORTUGUÊS deu à costa. Está exausto, derreado, arruinado, mas lá conseguiu sobreviver a mais uma Quadra Natalícia. Felizmente tudo voltou à normalidade.
Que bom, que sensação de conforto, acabou a euforia, acabou o martírio das compras, os beijinhos, os abraços e as frases mil vezes repetidas, ano após ano, Feliz Natal, Feliz Ano Novo . Que alívio!!!!! Felizmente que só há Festas Felizes uma vez no ano. Em todo o caso, não quis deixar de partilhar convosco as fotos que tirei no meu exílio forçado em prol da inevitável reunião familiar natalícia.
Sementes da eternamente luxuriante palmeira Hibisco meio-alegre, meio-triste Hibisco deprimido Romã atingida por senilidade precoceP.S. Ainda não tive tempo de fazer a habitual ronda pelos vossos blogues para actualizar a leitura daquilo que produziram durante a minha ausência, mas não deixarei de o fazer o mais rapidamente possível.