Sobre a religião:Poderia dizer que a religião é uma espécie de luxo. É muito bom praticar alguma, mas é evidente que podemos bem passar sem ela. Em troca, sem as qualidades humanas fundamentais - o amor, a compaixão e a bondade - não podemos sobreviver. A nossa paz e estabilidade mental dependem delas.
Sobre a utilidade das diferentes tradições religiosas:Cada religião insiste no progresso humano, no amor, no respeito pelos outros e em compartilhar os sofrimentos do próximo. Na medida em que o amor é essencial em cada uma delas, poder-se-ia falar da religião universal do amor. Quanto às técnicas e aos métodos para desenvolver o amor e atingir a salvação ou uma libertação permanente, há inúmeras diferenças entre os cultos. Por isso, não penso que possa existir uma filosofia ou uma religião única. Creio que, dado o facto de existir uma tal variedade de povos com predisposições e inclinações tão variadas, as diferenças nas crenças são úteis. Há uma riqueza no facto de haver tantas representações diferentes à nossa disposição.
(
Tirado de: Samsara O livro do Dalai Lama )
PEQUENA NOTA BIOGRÁFICA:
O Dalai Lama nasceu em 6 de Julho de 1935, filho de pequenos agricultores, numa pobre aldeia chamada Taktser situada no extremo nordeste do Tibete, na província de Amdo que faz fronteira com a China. Quando a China invadiu o Tibete, foi obrigado a exilar-se e, em Março de 1959, partiu para a Índia onde ainda continua a viver. Foi-lhe atribuído o Prémio Nobel da Paz em 1989.
De Anónimo a 26 de Fevereiro de 2006 às 23:37
Infelizmente, a cada dia que passa mais me convenço que a religião foi uma forma encontrada, há muitos anos (ou desde sempre?) para levar as pessoas a seguirem o rumo que o poder lhes quer impor (Padre, pastor, cão, ovelha, rebanho, carneirada, é tudo o que me vem à ideia quando me falam de religião). Mas não vou falar mais de uma coisa que cada vez entendo menos e cada vez tenho menos vontade de entender.José S.
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